O novo documento de identidade dos brasileiros vai se chamar RIC (Registro de Identificação Civil), que deverá começar a ser implantado no país até o fim do ano. O documento com características semelhantes aos de um cartão de crédito terá um chip com padrão internacional ISO 7816 que armazenará informações como nome completo, filiação, sexo, data e local de nascimento, além da imagem da impressão digital do portador. Todos os dados serão armazenados de forma criptografada e sob uma certificação digital, que assegurará a autenticidade do cartão.
O principal objetivo do RIC será unificar em um único registro todos os documentos pessoais (CNH, CPF, RG, Título de Eleitor) e a coleta das impressões digitais será feita por equipamentos semelhantes a scanners cujos dados coletados ficarão armazenadas em servidores localizados em Brasília e que terão backups em todas as unidades da federação.
A cada novo cadastro, as impressões digitais serão comparadas com todas as demais armazenadas no banco de dados, a fim de impedir a confecção de mais de um documento para a mesma pessoa. A gravação das impressões no chip permitirá ainda que, por meio de leitores biométricos, seja possível confirmar se uma pessoa é realmente a portadora do documento, mesmo que o sistema não esteja funcionando.
O RIC contará também com uma série de características (efeitos óticos, marcas d'água, fundos complexos, etc) que permitirão verificar a sua autenticidade sem qualquer equipamento especial, inclusive o atual famoso "cara-crachá", já que sabemos que não se pode esperar que todo e qualquer órgão público ou privado adquira equipamentos que possibilitem a leitura do cartão e das digitais do portador.
- "Com a tecnologia atual, pode-se dizer que é impossível falsificar este tipo de documento. Com o passar do tempo, investiremos em novas ferramentas de segurança, para evitar fraudes mesmo que os elementos atuais se tornem vulneráveis", afirma o presidente do ITI.
Fonte : Ndig / Exame
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