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terça-feira, 27 de julho de 2010

Pará volta à seleção após doze anos



Após 12 anos da última convocação de um jogador paraense para a Seleção Brasileira, a espera acabou: Paulo Henrique Lima, o Ganso, finalmente foi escolhido para defender as cores verde a amarelo em um amistoso marcado para o próximo dia 10 de agosto, contra os Estados Unidos, em Nova Jersey. No anúncio, Mano Menezes exaltou as qualidades do jogador do Santos, que antes da Copa da África do Sul foi um dos mais pedidos pela torcida brasileira para disputar o Mundial.

Herdeiro da camisa 10 que um dia já foi do rei Pelé, Ganso é destaque devido ao estilo de jogo que possui, pela facilidade que tem para jogar com a perna esquerda, principal referência do craque santista, que apesar de ter apenas 20 anos, demonstra ser um jogador bastante experiente. O talento do paraense é tão reconhecido que antes mesmo da convocação de ontem, a imprensa e a torcida brasileira já dava como certa a inclusão de Ganso na ‘nova seleção’.

E Ganso, agora, entra de vez para o celeiro de grandes jogadores do futebol do Estado do Pará. Antes dele os ex-jogadores Abelardo, Mimi Sodré, Pamplona, Santana, Ivan Mariz, Vevé, Octávio Moraes, Zé Maria, Quarentinha, Sócrates, Paulo Vitor, Charles Guerreiro e Giovanni, último paraense que jogou pelo Brasil, também foram convocados.


Paulo Henrique Chagas de Lima (Ananindeua, 12 de outubro de 1989) é um futebolista brasileiro que atua como meia, atual titular na equipe do Santos Futebol Clube. O apelido de "Ganso", veio por meio de um preparador físico, que quando Paulo Henrique chegou ao Santos para participar da peneira, comentou: "Chegou o bando de ganso."
Canhoto, destacando-se por precisão nos passes e chutes de média e longa distância. Sua altura (1,84 m) também lhe proporciona um bom aproveitamento ofensivo no jogo aéreo.
Em 2009, recebeu da CBF uma indicação ao prêmio de "Revelação" do Campeonato Brasileiro, dado ao melhor estreante da competição no ano.[1]
Paulo Henrique tem contrato com o Santos até fevereiro de 2015, e o valor da multa rescisória é de 120,5 milhões de reais.[2]



Categorias de base
Paulo Henrique chegou ao Santos Futebol Clube em 2005, trazido pelo ídolo santista Giovanni. Antes disso, jogou no futebol de salão da Tuna Luso Brasileira, dos 7 aos 15 anos, e, em seguida, nas categorias de base do Paysandu Sport Club.
O meio-campista começou a se destacar em 2007. Após uma lesão que o afastou dos gramados por seis meses, Paulo Henrique disputou a final do Campeonato Paulista Sub-20, sagrando-se campeão.
Já apontado como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, foi o camisa 10 do Santos Futebol Clube na decepcionante campanha da Copa São Paulo de 2008. Na ocasião, a equipe, uma das favoritas a conquista do título, foi eliminada nos penaltis pelo Sport Club Internacional, nas quartas-de-final. O jornal italiano La Gazzetta dello Sport o citou como uma das possíveis revelações da Copa São Paulo de 2008.[5] As boas atuações e os dois gols no torneio o credenciaram a uma vaga no plantel principal da equipe santista.



Paysandu, clube de guerreiros do futebol paraense



O Paysandu Sport Club, que dentro de quatro anos comemora seu primeiro centenário, já travou verdadeiras guerras dentro de campo. Não é exagero dizer que o time teve seu nome escolhido, literalmente, por causa de um feito heróico dentro de um conflito bélico. A homenagem, em 1914, fez alusão à transposição, pela Marinha de Guerra do Brasil, do Passo do Paysandu na Guerra do Paraguai, e, talvez por causa dessa origem combativa, a torcida identifique nos atletas o perfil dos guerreiros, verdadeiros defensores da bandeira alvi-azul, a do Papão da Curuzu.

O Nort Club brigou com a Liga Paraense de Football e resolveu criar um novo clube, capaz de vencer todos os seus adversários naquele 1914. Já pressentindo o perigo de um rival à altura, o Clube do Remo não gostou nada da idéia e tentou fazer com que um dos líderes do Nort Club, Hugo Manoel de Abreu Leão, esquecesse o assunto. Não adiantou! No dia 2 de fevereiro daquele ano, nascia o maior de todos os campeões paraenses (até o momento com 43 títulos), presidido por Deodoro de Mendonça e que nas décadas seguintes teria no elenco estrelas como o goleiro Castilho (titular da seleção brasileira na Copa de 1954) e Quarentinha, eleito pela crônica esportiva o Maior Atleta do Futebol Paraense no Século XX.

O Paysandu já teve vários grandes times. Nos anos 40 formou o conhecido “Esquadrão de Aço”, que arrebatou o título local cinco vezes e aplicou o até hoje inigualável 7 x 0 no Clube do Remo. Na década de 60, ganhou o Campeonato Paraense sete vezes, comandado por Quarentinha, ainda o líder do elenco que bateu o Peñarol, campeão do mundo de 1965, por 3 x 0, em amistoso na Curuzu.

O adversário tinha nada menos que a base da seleção uruguaia da época e contava com Ladislao Mazurkiewicz (goleiro que levou o “drible da vaga” de Pelé, na Copa de 70), Pedro Rocha (ídolo do São Paulo anos depois) e Cubillas (atacante que marcou o gol que quase matou do coração a torcida brasileira, em 70), dentre outros nomes. Por outro lado, no começo do século XXI, chegou à incrível média de um título a cada quatro meses: tricampeão paraense em 2000, 2001 e 2002, bicampeão da série B em 2001 e campeão da Copa Norte e da Copa dos Campeões, em 2002.

Um momento emocionante para os bicolores foi a quebra do tabu dos 33 jogos. Os azulinos não cansam de lembrar que entre 31 de janeiro de 1993 e 7 de junho de 1997 o Remo não perdeu um único jogo para o Papão. Mas naquela junina noite de sábado os atacantes Vital e Vagner quebraram a escrita e, ao final do jogo, tinha jogador atravessando o Mangueirão de joelhos, torcedor chorando nas arquibancadas e carreatas pelas ruas da cidade, para celebrar o que parecia um título de Copa do Mundo. Quando se fala de Paysandu, qualquer que seja a demonstração de paixão nunca é exagerada, segundo os torcedores.



Anos dourados em azul e branco

Além de 1914, quando foi fundado, outros dois anos são mais que especiais para os alvi-azuis: 2002 e 2003. Ao lado dos já citados títulos de campeão do Norte e campeão dos Campeões, o Papão ainda disputou, em 2003, a inédita Taça Libertadores da América. E o melhor de tudo: fez oito jogos, ganhou cinco, empatou dois e perdeu apenas um, para o poderoso Boca Juniors, que por sinal ganharia a Libertadores e o Mundial de Clubes naquele 2003. Ou seja: o Paysandu perdeu em casa, é verdade, no jogo de volta, por 4 x 2, mas perdeu para o campeão do mundo!

O jogo de ida, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, já faz parte da história do futebol mundial. Não apenas pela vitória do Papão sobre os donos da casa (1 x 0, gol de Iarley), e ainda por cima com dois jogadores a menos (Robson e Vanderson foram expulsos) mas pelo fato de, até então, apenas o inigualável Santos de Pelé ter vencido o time argentino em seus domínios, em jogos válidos pela Taça Libertadores.

A participação na Libertadores, em 2003, deu ao Papão, por sinal, um outro motivo de orgulho: até hoje é o único time da região Norte a aparecer no ranking da IFFHS, que indica os melhores clubes do mundo para a Fifa. Na ocasião, o bicolor apareceu como 39° melhor do planeta, além de ser destaque na imprensa nacional como o time que “mais evoluía no mundo”.



Heróis cultuados pelos bicolores

Paulo Benedito Santos Braga, o Quarentinha, estreou no Paysandu em 1955. Dezoito anos depois, quando parou de jogar, já havia conquistado 12 campeonatos paraenses, dentre outros títulos. É o maior ídolo de toda a história bicolor e maior craque do futebol no Pará no século XX, segundo votação da crônica esportiva.

Junto com ele aparecem, na galeria dos ídolos alvi-azuis, Bené, o maior artilheiro da história do Papão, com 249 gols; Carlos Alberto Urubu, o artilheiro que sempre marcava gols no final do jogo, para desespero especialmente do Clube do Remo; o volante Beto e seu estilo raçudo e técnico e o veloz zagueiro Abel, famoso por sempre se antecipar aos atacantes.

Não podem ser esquecidos o centroavante Cabinho, maior artilheiro do Brasil em 1987, com 24 gols; o meia-atacante Luizinho das Arábias, craque que brilhou nos anos 80; Charles Guerreiro, o “príncipe” que, acima de tudo, tratava o adversário com lealdade, Robson, o “Robgol”, craque e artilheiro do time na Libertadores, com sete gols, Vandick, o “terror das decisões”, e um dos principais personagens na conquista da Copa Norte e Copa dos Campeões, dentre muitos outros heróis bicolores.



Por que se orgulhar?

O Paysandu Sport Club é o maior de todos os campeões paraenses (43 títulos), é o primeiro e último time do Pará campeão dos Campeões, é, até agora, o único time do Norte a disputar uma Taça Libertadores da América, a única equipe, além do Santos de Pelé, a vencer o Boca Juniors, dentro de La Bombonera, em partida válida pela Libertadores, e único time da região a aparecer no ranking da IFHHS, que aponta os melhores clubes do mundo.

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